terça-feira, 1 de julho de 2008

Tocar em trio

Tocar em trio sempre foi um enorme desafio, e um grande desejo.
Muitas vezes toquei em trio, quase sempre em concertos de circunstância, mas é a 1ª vez que o faço com repertório totalmente meu e numa situação pensada e preparada.
Este tipo de formação é provavelmente o meu tipo de grupo preferido. Há vários trios que influenciaram e influenciam a minha maneira de tocar e compor. Trios como: Keith Jarrett, Jim Hall, Herbie Hancock, Bill Evans, Fred Hersch, Brad Mehldau e outros mais, são grupos e músicos com alto espírito do que é tocar em grupo. Há sempre uma constante interacção, é quase como se fosse 1 em vez de três.
Esse será sempre o objectivo de qualquer grupo, chegar a um ponto de coesão e conhecimento que permita ir para qualquer lado.
Com músicos como o Bernardo e o Bruno sinto uma grande confiança e segurança para ir para diferentes "sítios". Eles estão sempre comigo, dê por onde der!!!
Pessoalmente sinto que é isso o tocar em grupo. Sem impor e sem grandes ideias pré-concebidas, é um tipo de formação que permite tudo isto. Mais que uma grande formação. Talvez por haver menos músicos envolvidos e ser mais fácil caminhar para várias direcções.
No entanto, não deixa de ser um desafio bastante aliciante, há menos suporte nalgumas coisas mas mais liberdade noutras. Como tudo tem algumas vantagens e desvantagens.
Nesta fase da minha vida musical sinto um grande gozo e vontade de continuar a tocar em trio por mais algum tempo.

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