terça-feira, 1 de julho de 2008

A guitarra no jazz

A guitarra tem, se calhar agora mais do que nunca, um papel bastante relevante no jazz.
Acho que o facto do jazz ser cada vez mais influenciado pelo pop e rock, estilos em que a guitarra tem uma importância extrema, justifica em parte esse crescimento. Ou talvez não, é só uma teoria não comprovada.
A guitarra sempre esteve um pouco entre dois mundos, o do solista que toca as melodias mas que fica um pouco aquém dos intrumentos de referência do jazz (sopros), ou do instrumento harmónico, que acompanha, mas que sempre pareceu um parente pobre do piano.
As coisas mudaram bastante ao ponto de em vários grupos não haver o tal solista (sopro) e/ou o piano. A guitarra assumiu-se, em parte, devido à versatilidade do próprio instrumento aliado ao uso de tecnologia (processadores de efeitos, pedais, etc.).
Nunca antes a guitarra tinha sido explorada como agora, além disso cumpre-se um ciclo natural das coisas.
É um instrumento que soa a novo e a fresco, no fundo a uma espécie de renovação( julgo ser esta uma das principais explicações para o aparecimento ou rejuvenescimento da guitarra no jazz). Só muito recentemente começou a ser realmente explorado todo o potencial do instrumento.
Guitarristas como Wes Montgomery e Jim Hall, principalmente estes 2 (opinião muito pessoal!), contribuiram e lançaram as bases que possibilitaram a emancipação do instrumento.
Pat Metheny, John Scofield deram continuidade trazendo influências de outros estilos e repentinamente a guitarra tornou-se no instrumento que mais evoluiu e mais se modificou ao longo dos últimos 40 anos.
Como guitarrista e para concluir, julgo que a guitarra (como tudo na vida) terá um ciclo mas claramente é um instrumento em estado de graça no jazz.
Que continue por muitos e muitos anos!

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